domingo, 17 de fevereiro de 2013

Descoberta


Théo...

Teteo...

Tetéu...

Além da semelhança fonética entre os nomes, existem mais três características em comum: resistente ao sono, caneludo e estriduloso. Como exemplo, o poema do poeta potiguar Jorge Fernandes:

TÉ-TÉU 
Tetéu — canela fina —
Vive pra despertar todos os bichos do campo...
Cochila seguro numa perna só
Num descuido desce a oura
Desperta logo: — Té-té-téu!

Todos respondem: — Té-té-téu!
— Sentinela das matas... dos campos...
Sineta suspensa badalando na noite: — Té-té-téu!

Sobre o açude
Pinicando no terreiro
Perseguindo gaviões badalando dezenas de sinetas
Revoando em bando no espaço incendido do sertão sem nuvens
Num alvoroço de alarme:

Té... téu! Té... téu!
                  
      Té... téu! Té... téu!

         Té... téu! Té... téu!

                        
Té... téu! Té... téu!

                  
Té... téu!                Té... téu!

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